Objetivo
Avaliar o transporte apical e a capacidade de centralização durante a preparação dos canais radiculares mesiais de molares inferiores, utilizando os sistemas ProTaper Gold (PTG), ProDesign S (PDS), Hyflex CM (HCM), Hyflex EDM e ProDesign Logic (PDL).
Metodologia
Foram selecionados sessenta primeiros molares inferiores com dois canais separados na raiz mesial, após pareamento da anatomia radicular por microtomografia computadorizada (microCT). Os dentes foram divididos aleatoriamente em cinco grupos (n = 24); o volume do canal radicular foi calculado para assegurar a homogeneidade das amostras. Todos os canais foram preparados até o tamanho 25, de acordo com as instruções de cada fabricante de sistema rotatório. Após a preparação dos canais, os dentes foram escaneados por microCT para analisar o transporte apical, a centralização do canal radicular e o volume pré e pós-preparação dos canais nos níveis apical e cervical. Os testes de Kruskal–Wallis e Dunn foram utilizados para as comparações entre os grupos quanto aos valores de transporte. Para as alterações de volume, foi utilizada a ANOVA paramétrica e os testes de Tukey.
Resultados
Não foram observadas diferenças significativas no transporte apical entre os sistemas rotatórios (P > 0,05). Todos os sistemas ocasionaram transporte apical, com valores variando de 0,031 mm (PDL) a 0,072 mm (PTG) e ampliações entre 39% (HCM) e 91,1% (PDS). Em relação ao transporte cervical, foram observadas diferenças significativas entre os sistemas (P < 0,05), com valores médios de transporte variando entre 0,07 mm (HCM) e 0,172 mm (PTG), e ampliações entre 35,4% (HCM) e 51,5% (PDS).
Conclusão
Todos os sistemas tratados termicamente resultaram em transporte apical similar. Na região cervical, os sistemas Hyflex CM e ProDesign Logic foram associados a preparações mais centralizadas.
Palavras-chave
desvio apical, capacidade de centralização, CM-wire, NiTi, preparação do canal radicular.
